As Marcas de Corrente da Minha bisavó Escravizada








 

 As Marcas de Corrente da Minha bisavó Escravizada


As marcas de corrente da minha bisavó escravizada eram cicatrizes reais visíveis, que nasceram nos últimos suspiros da escravidão. Ela tinha marcas no corpo — marcas de correntes.                                             


                         

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Resiliência de Uma Mulher Silenciosa

Não era figura de linguagem, não. Eram cicatrizes reais, visíveis, e mesmo assim ela sorria. Ela cuidava, lavava roupa, fazia comida no fogão à lenha.                           
 

 
As Raízes Profundas

Essa história não veio de livros. Veio de dentro de casa. Por parte de pai, as raízes descem ainda mais fundo na terra: Martins, Dias, Nunes. Por parte de mãe, Menezes, Moreira, Fraga. Carrego o sulco de todas essas histórias no meu rosto, nos olhos, no jeito de andar.    

               
A Dança que Vem de Dentro

Antes de dançar nas vilas, fiz curso de dança e me apresentei em teatros, mas aos 30 anos, com outras bailarinas, fui convidada para dançar num castelo, de torres de vinhos e queijos. O banheiro era maior que a casa onde eu morava na época.                      
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A Luta e o Legado das Mulheres Ancestrais

Eu era a melhor. Porque fui a única. Única a sobreviver com a alma acesa. Ensinei meninas negras, indígenas, filhas da faxina e do corre. Ninguém me deu espaço. Eu tomei o meu com dança e com voz                                      



 
O Legado de Suzana Dias e o indio Tibiriçá

E lembro de Suzana Dias, a indígena que fundou parte de São Paulo, mãe de fundadores, mas que costurou pontes com coragem. Eu sou neta dessas mulheres. De negras com marcas de ferro e de indígenas com olhos atentos.
  
: A Presença Viva das Raízes

Tibiriçá ainda vive. Vive em mim, nas covinhas da minha família, nos cabelos longos dos meus irmãos, na voz do vento que passa no quintal. E se a cidade esquece, eu lembro. E enquanto lembrar, nenhuma corrente ven

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Muitas pessoas pensavam que eu comecei a dança do ventre na vila, mas não. Eu comecei pagando um curso por alguns anos. Na verdade, foi na academia que eu aprendi, e via vídeos também sobre isso, quando morava no centro. Depois, quando estava boa, levei para as vilas essa dança. Porque eles não querem dança ruim. Eles queriam coisa boa, mesmo sendo pobres. Chocolate bom, dança boa. Eles são sinceros.                                                                       

            
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